O poder revolucionário da escrita terapêutica
- Cristina Vasconcelos
- 31 de mai. de 2022
- 3 min de leitura

Aqui estou com outro texto de minha autoria! Vocês já perceberam que eu tenho um apreço especial por escrever? Gosto de me comunicar, de me expressar e me relacionar com as pessoas também através da escrita. Por isto, desejo que a magia das palavras acompanhe vocês durante a leitura!
A psicologia clínica afirma que mudar as emoções diante de um evento doloroso é uma maneira eficaz de conseguir viver em paz com o mesmo. A ciência confirma que a escrita, além de ser uma ferramenta importante nesse processo, pode alterar as respostas fisiológicas a doenças crônicas, melhorando o quadro de saúde dos pacientes. O ato de escrever torna suportável uma experiência sentida como pesada demais. Ela passa a integrar a biografia de quem vive o trauma, abrindo caminho para a recuperação, como se cada um reescrevesse sua história.
Assim, a “expressive writing” (“expressão pela escrita”) ganha cada vez mais espaço na medicina e na psicologia. Estudos recentes reforçam o poder terapêutico da técnica, destacando que, quando usada em blogs pode ser tão eficaz quanto no papel. Vou citar apenas um dos muitos estudos na área.
A Universidade de Waterloo (Canadá), mostrou a eficiência dessa técnica no controle do peso. A psicóloga Christine Logel demonstrou que as mulheres convidadas a escrever sobre seus sentimentos e valores perderam, em média 3,4 quilos, enquanto as que não participaram da oficina ganharam cerca de 2,7 quilos. Segundo Christine “Escrever funcionou como um incentivo”. A escrita ajudou as participantes a se sentirem bem com elas próprias na medida em que descreviam sentimentos e emoções que consideravam importantes em suas vidas. Assim, elas não utilizaram a comida como válvula de escape.
No Brasil, a psicóloga Ana Maria Rossi, ligada à International Stress Management Association (organização internacional para o controle do estresse), indica a escrita terapêutica para pacientes que não conseguem lidar com a raiva. A escrita tem efeitos positivos naquelas pessoas com dificuldade de descrever a experiência dolorosa sem se descontrolar ou ficar extremamente emocionadas.
Na minha prática clínica uso muito a escrita como recurso terapêutico e tenho obtido bons resultados, tanto nos atendimentos individuais quanto nos grupos de mulheres. Quando a pessoa tem algum conteúdo a falar, mas por algum motivo (medo, vergonha, angústia, autocrítica, etc.) fica “entalada” e não consegue verbalizar, a escrita se revela como poderosa aliada no alívio das dores emocionais e no desbloqueio do material angustiante.
Entretanto, não basta só escrever, é preciso ter um propósito! A escrita movimenta a energia emocional, organiza o pensamento, alimenta a criatividade e facilita o autoconhecimento. Isso é possível porque, sob orientação correta, o paciente não só descreve o evento, mas também sua reação, seus sentimentos e emoções envolvidos.
Também não é qualquer conteúdo que surtirá resultados positivos. Cuidado! Simplesmente descrever os fatos da experiência traumática pode surtir efeito contrário. Porém, escrever sobre os aspectos emocionais afeta a saúde positivamente, segundo as investigações do pesquisador americano James Pennebaker.
A escrita é uma ferramenta mágica e poderosa que vai te conduzir ao universo profundo da alma. Ela nos reconecta conosco mesmas!
Foi exatamente apoiada na convicção de que a escrita é terapêutica, uma vez que ela contribui para o desabrochar da criatividade, da espontaneidade e da autenticidade, que eu criei o Diário da Gratidão a um tempo atrás.
O Diário da Gratidão pode ser um bom recurso pra você iniciar sua jornada de escrita espontânea, criativa e terapêutica. Encontra-se disponível para ser adquirido, pelo valor promocional de R$40,00(quarenta reais). Se alguém de vocês quiser adquirir é só enviar mensagem e eu retorno com as instruções.
Mas não é o único recurso! Sua intuição e sua criatividade certamente lhe indicarão o caminho.
Sugestão de livro sobre o tema - “Abra Seu Coração: O Poder da Cura Através da Expressão das Emoções”, James Pennebaker, Ed. Gente.
E você, como é a sua relação com a escrita?
Como você tem usado a escrita espontânea e criativa em sua vida?
O que você está escrevendo ou reescrevendo?
Você está satisfeita com o que escreve no papel simbólico da vida?
Você gostaria de utilizar a escrita de forma terapêutica?
Sinta-se à vontade para compartilhar comigo suas experiências sobre o assunto. Tenho recebido retorno de algumas pessoas e fico en-can-ta-da ao ler cada feedback, cada depoimento, cada interação que recebo!
Cristina Vasconcelos - Psicoterapeuta e Coach
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